Você já ouviu falar da Adenomiose? Ela ocorre quando o endométrio, tecido que reveste o interior do útero, invade o miométrio (a parte muscular do órgão), deixando as paredes uterinas mais espessas. Os sintomas dessa doença podem ser dores durante as relações sexuais, fluxo menstrual mais intenso e duradouro, cólicas muito fortes e inchaço da barriga.
Apesar de alguns casos serem assintomáticos, essa condição pode impactar muito o bem-estar das mulheres, principalmente durante o período menstrual. Geralmente, os sintomas aparecem após a gravidez e desaparecem após a menopausa.
A doença é diagnosticada mais comumente em mulheres com mais de 30 anos e que já engravidaram, mas afeta também pacientes mais jovens e sem filhos, podendo dificultar a gravidez. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 10 mulheres no mundo pode ter adenomiose no período reprodutivo.
O diagnóstico deve ser feito pelo ginecologista que, na maioria dos casos, pede exames de imagem como ressonância magnética, histerossonografia e ultrassom intravaginal que permitem avaliar o útero e a espessura de suas paredes.
Existem diferentes maneiras de se tratar essa condição, que variam de acordo com os sintomas apresentados e podem ser feitos com cirurgia ou medicamentos.
Até recentemente, para os casos mais complexos de adenomiose, particularmente as do tipo difuso e resistentes ao tratamento medicamentoso, restava apenas a solução mais radical: a retirada do útero. Todavia, esse quadro tem mudado com a contínua evolução dos equipamentos cirúrgicos robóticos e o aperfeiçoamento dos especialistas habilitadas nessa técnica.